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O mercado de Cuba continua atrativo devido a seu grande potencial econômico e comercial

O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, visitou a exposição de Cuba na FIHAV-2022, bem como outras nações, incluindo Brasil, Rússia e China.

Photo: 5daysforthecuban5.com

«Cuba se levanta diante das dificuldades e não para no caminho do bem-estar e da justiça social», disse o membro do Bureau Político e primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz, na inauguração da 38ª Feira Internacional de Havana (Fihav-2022), que foi liderada pelo primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.
 
«Cuba não está isolada; não apenas resiste, mas não renuncia a avançar em seu desenvolvimento, para o qual a Feira Internacional de Havana contribui», destacou Marrero Cruz, que reconheceu os organizadores e expositores, e especialmente o recinto da ExpoCuba, que sempre hospeda a Feira com sua vitalidade, cor e a organização a que está acostumada.
 
DÍAZ-CANEL COM MINISTROS CONVIDADOS
 
O presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, realizou reuniões nos salões da ExpoCuba com os chefes das delegações dos Emirados Árabes Unidos (EAU), país que participa pela primeira vez da Feira de Havana, e da Nicarágua.
 
No intercâmbio com o ministro da Economia dos EAU, sr. Abdullah bin Touq Al Marri, do qual participaram o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz e o ministro do Comércio Exterior e o Investimento (Mincex), Rodrigo Malmierca Díaz, o chefe de Estado destacou o significado e a importância que atribui à presença da delegação dos EAU em Havana.

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O presidente expressou ao distinto visitante «a vontade de nosso Estado e Governo de continuar fortalecendo e diversificando o intercâmbio econômico e comercial bilateral».
 
Por ocasião da participação do titular do Mincex, Rodrigo Malmierca Díaz, na feira ExpoDubai-2020, realizada em fevereiro passado, Cuba e os EAU assinaram novos acordos bilaterais sobre saúde e cultura, e estenderam um convite para que uma delegação de empresários do país árabe comparecesse à Fihav-2022, convite esse que agora está sendo honrado.
 
O presidente cubano também realizou uma reunião, nesta segunda-feira, 14 de novembro, de manhã, na ExpoCuba com Jesús Bermúdez Carvajal, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio da Nicarágua, na qual o ministro cubano do Mincex também participou.

Photo: Estudio Revolución

Díaz-Canel enviou «fortes saudações ao Comandante (Daniel) Ortega e à companheira vice-presidenta Rosario Murillo» e reiterou suas felicitações pelos resultados das recentes eleições municipais no país irmão. «A Nicarágua pode contar com Cuba para tudo», disse.
 
O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido agradeceu ao ministro Bermúdez Carvajal pela presença da Nicarágua na Fihav-2022. «Estamos muito interessados em que a comunidade empresarial nicaraguense esteja em Cuba», disse o presidente, que se referiu à flexibilidade aprovada sobre a participação dos investimentos estrangeiros no comércio atacadista e varejista da Ilha.

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«Estamos interessados na participação de empresários nicaraguenses neste comércio, sei o que é feito em seu país, pois estive lá como parte da missão civil nos anos 80, e estes produtos seriam muito bem aceitos pela população cubana», disse Díaz-Canel.
 
PERCURSO PELA FEIRA
 
O presidente da República Miguel Díaz-Canel Bermúdez e o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz visitaram vários pavilhões e stands na Fihav-2022 na segunda-feira, 14, de manhã. Começaram no Pavilhão Central da ExpoCuba, onde uma grande parte das mais de 200 entidades estatais e não estatais cubanas — MPMEs, trabalhadores autônomos e cooperativas, joint ventures e outras — que participam da feira estão agrupadas.

Díaz-Canel esteve interessadao nas produções e trabalhos comerciais de empresas emblemáticas e outras menos conhecidas, mas que estão dando uma contribuição importante para o fortalecimento da economia nacional e que mostram aqui a qualidade de seus produtos e serviços.

O presidente também visitou o pavilhão brasileiro, onde falou com empresários e recebeu uma camisa esportiva como símbolo da amizade entre Cuba e o Brasil, no período que antecedeu a participação da seleção verde e amarela na Copa do Mundo no Qatar.
 
O chefe de Estado participou então da inauguração do Pavilhão da Rússia, organizado pelo ministério da Indústria e Comércio da nação eurasiática. O embaixador daquele país, Excelentíssimo senhor Anatoli Guzkov, desejou sucesso a Cuba durante a celebração de seu maior intercâmbio comercial, e descreveu as relações bilaterais como estratégicas e com um extraordinário potencial de desenvolvimento.
 
O titular do Mincex, Rodrigo Malmierca Díaz, sublinhou as relações históricas entre a Federação Russa e Cuba, especialmente na esfera econômica, que datam de décadas atrás.
 
Hoje — refletiu Malmierca — «estamos em outro momento, em outro mundo; mas temos que continuar incentivando investimentos e vínculos em outras áreas de conveniência para a Rússia e Cuba».

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Mais tarde, o presidente da República visitou o estande da China na Fihav-2022, montado em um dos pavilhões da Feira, onde os países do Caribe também estão expondo. Lá saudou vários expositores e a representação comercial norte-americana, que inclui homens de negócios cubano-norte-americanos, com os quais falou.
 
Ao sair da exposição, Díaz-Canel respondeu às perguntas da imprensa. Andrea Rodríguez, correspondente em Cuba da agência de notícias norte-americana AP, perguntou-lhe «se havia uma saída no final do túnel», referindo-se ao percurso e ao diálogo entre o chefe de Estado no estande da delegação norte-americana e as possibilidades de laços econômicos entre os dois países.
 
«Acredito que já há algum tempo há luzes», respondeu Díaz-Canel. «Nunca colocamos uma barreira com isso; foi o bloqueio que levantou barreiras».
 
«Há algum tempo temos insistido que o investimento estrangeiro também está aberto a empresas norte-americanas e cubano-norte-americanas, e agora o importante é encontrar formas e meios de fazer negócios nos quais possamos progredir nessa direção».

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«Em qualquer caso, embora exista uma vontade, o bloqueio e as restrições impostas pelo bloqueio impedem muitas destas negociações, tanto do lado dos EUA como do nosso lado. Além disso, (o bloqueio) também impede a participação de empresas de outros países, uma vez que a lei do bloqueio foi internacionalizada, (relativamente aos investimentos em Cuba)».

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Fonte: 

Periódico Granma

Data: 

15/11/2022